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Sadhguru: Amba passou da desesperança ao desespero, do desespero à raiva, da raiva à fúria, da fúria à sede de vingança. Ela foi de um lugar para outro procurando alguém que pudesse matar Bhishma. Mas ninguém estava disposto a brigar com Bhishma por causa de suas proezas. Outro aspecto é que, quando Bhishma fez o voto de nunca se casar e se castrou, Shantanu havia dito: “Pelo que você fez por mim hoje, eu lhe darei uma bênção. Nestes 18 anos sou brahmachari e pratico tapasya. Todo o mérito que ganhei dentro de mim, toda a energia que colhi dentro de mim, tornarei uma bênção e a oferecerei a você, para que em sua vida você possa escolher sua morte. Você pode escolher quando você vai morrer.” Com essa bênção do lado dele e o tipo de guerreiro que ele era, ninguém estava disposto a enfrentá-lo.

Bhishma luta contra Parashurama

 

Então Amba foi em busca de Parashurama. Parashurama era o professor de Bhishma para o treinamento de armas, especialmente arco e flecha. Quando ela foi e se prostrou diante de Parashurama e expressou sua situação, Parashurama disse, "Não se preocupe, eu vou consertar isso para você". Ele chamou Bhishma. Bhishma veio e prostrou-se. Parashurama disse: "Basta! Chega de seu voto. Apenas se case com esta mulher. Pela primeira vez Bhishma disse: "Você é o meu guru. Se você me pedir para tirar a minha própria cabeça, eu farei isso, mas não me peça para quebrar meu o voto. Eu fiz um voto que não posso quebrar".

Estes são tempos em que as pessoas estão se esforçando para trazer a civilização de uma existência totalmente incivilizada. Neste esforço, a palavra de um homem é a coisa mais importante.

 

Você verá ao longo da história, há homens que farão votos, e não importa o que - vida ou morte, não importa o que isso causa - eles querem manter essa palavra. Por que isso é assim, estes são tempos em que as pessoas estão se esforçando para trazer a civilização de uma existência totalmente incivilizada. Nesse esforço, a palavra de um homem é a coisa mais importante. Não há constituições ou códigos penais anotados. Em tal condição, a palavra de um homem é a coisa mais importante. Se eu disser algo, eu o farei e o farei a qualquer custo. Quando não há lei, a palavra de um homem é a única lei.

 

Mas Parashurama não está acostumado à desobediência. Ele é obediente-obediente! Quando o seu pai lhe pediu para tirar a cabeça de todos os seus irmãos e de sua mãe, sem pensar, ele cortou as quatro cabeças. Seu pai ficou satisfeito com a sua obediência e disse: “Peça uma benção. O que você quer? ”Parashurama disse: “Quero que a minha mãe e os meus irmãos voltem à vida.” Então, o seu pai lhes devolveu a vida.

 

A desobediência é uma coisa que Parashurama não pode tomar porque é assim que ele cresceu. Quando viu que Bhishma não estava disposto a obedecer, ficou furioso e os dois tiveram um duelo - um duelo extraordinário. Mas Parashurama havia ensinado a Bhishma tudo o que sabia e descobriu que não podia vencê-lo. Ambos lutaram amargamente durante dias a fio e quando descobriram que ninguém poderia ser o vencedor, Parashurama levantou as mãos e disse a Amba: " Você tem que encontrar outra pessoa".

Karthikeya intervém

 

Amba mudou-se para a região do Himalaia e entrou em profundas austeridades. Ela sentou-se nos picos cobertos de neve e entrou em um profundo estado de sadhana, chamando Karthikeya, filho de Shiva, que é um grande guerreiro. Em sua mente, ela pensou que Karthikeya seria a única pessoa capaz de matar Bhishma. Karthikeya, satisfeito com sua austeridade, apareceu e quando ela disse: "Você deve matar Bhishma", ele respondeu: "Meu tempo de matar acabou."

Mais uma vez ela pegou uma guirlanda - uma guirlanda de flores de lótus - e caminhou de cidade em cidade, vila em vila: "Existe alguém que esteja disposto a usar essa guirlanda e matar Bhishma?

Se você não sabe disso, Karthikeya desceu para o sul e em sua busca pela justiça massacrou tudo o que via como injustiça. Ele veio ao lugar que agora é conhecido como Subramanya em Karnataka. Pela última vez, ele lavou a espada e disse: "Nunca mais essa espada verá sangue". Ele desistiu da violência e subiu a montanha, que hoje é conhecida como Kumara Parvata, e deixou seu corpo lá. Em seu estado desencarnado, quando Amba o chamou, ele disse: “Não posso matar Bhishma, mas olhando a sua situação e a sua devoção, darei uma bênção.” Ele deu a ela uma guirlanda de lótus e disse: “Pegue esta guirlanda. Quem usar esta guirlanda matará Bhishma.

 

 

Agora, com grande esperança em seu coração, mais uma vez Amba foi com esta guirlanda em suas mãos - essas guirlandas sempre foram um desastre para ela. A primeira vez que ela pegou uma guirlanda, algo mais aconteceu. Mais uma vez, ela pegou uma guirlanda - uma guirlanda de flores de lótus - e caminhou de cidade em cidade, vila em vila: “Existe alguém que esteja disposto a usar essa guirlanda e matar Bhishma?” Mas nenhum homem estava disposto a tocá-la.

 

Sua jornada com a guirlanda continuou e ela chegou à corte do rei Drupada, o rei de Panchala, que era o segundo maior império em Bharatvarsh. Mas Drupada nem queria chegar perto da Amba, porque agora a reputação da Amba já havia se espalhado por toda parte. Como um fantasma, ela estava caminhando de vila em vila, cidade em cidade, sedenta pelo sangue de Bhishma. Quando Drupada se recusou a vê-la, por total frustração, ela pendurou essas flores de lótus em uma das colunas do palácio de Drupada e, mais uma vez desolada e deprimida, foi direto para o Himalaia. Essas flores de lótus continuaram frescas e Drupada estava com tanto medo dessa guirlanda que não deixou ninguém tocá-la. Todos os dias acendiam lâmpadas e adoravam a guirlanda, mas ninguém a tocava, ninguém queria ter nada a ver com isso.

A bênção de Shiva

 

Amba continuou sua jornada para o Himalaia. Ela sentou-se ali em grande austeridade. Lentamente, o belo corpo da jovem mulher murchou até aos ossos. Ela sentou-se lá, meros ossos e pele e chamou por Shiva. O próprio Shiva apareceu. Ela disse, "Você deve matar Bhishma. Shiva respondeu, "Não é melhor que você consiga matar Bhishma? De repente, os olhos dela se abriram e ela disse, "Como é possível? Eu sou uma mulher e ele é um grande guerreiro, como posso matá-lo? Shiva respondeu, "Eu à abençoarei, em sua próxima vida você o matará." Então Amba disse: "Mas em minha próxima vida eu não irei me lembrar de tudo isso. Então eu não saberei a doçura da vingança. Shiva disse: "Não se preocupe. Vou me certificar de que você se lembra. Quando chegar a hora você irá se lembrar. Você conhecerá a doçura da vingança. Por tudo o que você sofreu, você o terá". Então ela sentou-se ali e deixou o seu corpo, para voltar mais tarde.

A continuar

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Editor’s Note: A version of this article was originally published in Isha Forest Flower September 2015. Download as PDF on a “name your price, no minimum” basis or subscribe to the print version.